GP de Portugal de MotoGP confirmado até 2026
O GP de Portugal de Moto GP garante permanência no calendário do Mundial de velocidade, por mais dois anos, anunciou Jaime Costa, diretor-geral da Parkalgar, gestora do autódromo algarvio. Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, adiantou que o vínculo pode ser prolongado.
CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)
O Grande Prémio de Portugal de MotoGP, que se disputa Autódromo Internacional do Algarve, (AIA), vai continuar no calendário do Mundial de velocidade pelo menos mais dois anos, foi anunciado esta quarta-feira em Portimão.
Álvaro Bila (autarca de Portimão), Jaime Costa (CEO Parkalgar), André Gomes (presidente do Turismo do Algarve), Pedro Machado (secretário de Estado do Turismo), Pedro Dias (secretário de Estado do Desporto) e Carlos Abade (presidente do Turismo de Portugal), marcaram presença na conferência de imprensa para anunciar a continuidade do MotoGP no nosso país.
«Portimão é o cenário perfeito para o MotoGP, combinando um fantástico e desafiante traçado com um destino favorito dos fãs. O considerável impacto económico do evento proporciona também um retorno ainda maior para o país anfitrião, região e circuito, uma vez que o MotoGP traz centenas de milhares de fãs a Portugal e ao Algarve fora da época alta turística», começou por referir Jaime Costa.
O diretor-geral da Parkalgar, empresa gestora do autódromo algarvio, sustentou que «conseguimos». «Foi um trabalho de equipa que demorou muito tempo a chegar, mas conseguimos e Portugal vai ter um contrato para dois anos, pela primeira vez».
«É com enorme orgulho podermos continuar a ter no Autódromo Internacional do Algarve uma ronda do MotoGP e ver o reconhecimento do nosso esforço e trabalho, que tem vindo a ser desenvolvido desde 2020. O Grande Prémio de Portugal e o nosso traçado, com as suas particularidades únicas no calendário, são já uma referência para os pilotos e equipas» acrescentou o responsável.
«O facto de fecharmos um contrato por dois anos permite-nos encarar o evento de uma forma totalmente distinta, com uma continuidade de melhoria na oferta da experiência do espectador, de forma alcançar números recorde de visitantes ao nosso circuito e consequentemente ao país e região, deixando assente as suas mais-valias económicas para o território. Estamos já a trabalhar no GP de 2025, para que seja, uma vez mais, um evento único em Portugal», referiu ainda Jaime Costa.
Por seu turno, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, confirmou na conferência de imprensa, que o Autódromo Internacional do Algarve vai receber o Grande Prémio de MotoGP nos próximos dois anos, em Portimão
«O Grande Prémio de MotoGP é um dos eventos desportivos com maior visibilidade em todo o mundo, chegando a mais de 200 países e a mais de 430 milhões de lares. Logo, estamos a falar de um acontecimento que tem uma capacidade única de promover e projetar Portugal como destino turístico e como organizador de grandes eventos desportivos», sustentou o governante.
«Ao apoiarmos a realização destas iniciativas estamos a reforçar a reputação e a capacidade de atração do nosso país e isso é, do ponto de vista do turismo, muito relevante. Tem também um impacto económico imediato na economia regional que é igualmente significativo, uma vez que se trata de uma prova que movimenta milhares de pessoas, durante vários dias, entre espetadores e staff das equipas em competição», argumentou Pedro Machado, talhado para expandir o turismo no campo internacional.
«Este é um grande evento. Portugal está muito focado na captação de grandes eventos internacionais e este não é uma manifestação desportiva que não projeta só o Algarve, projeta Portugal e projeta nos 25 mercados que trabalhamos diretamente com a marca Portuga. Mas, mais do que isso, dá-nos a capacidade de podermos alavancar novos marcados, nomeadamente os de longa distância, como e o cado da Ásia e dos Estados Unidos. Por isso estamos empenhados nesse esforço, mas sé, obviamente com o objetivo de podermos servir melhor o Algarve e o nosso país», mencionou Pedro Machado.
«O investimento que fazemos aqui é, no fundo, com que estejam criadas as condições para termos turismo o ano inteiro e, sobretudo, um turismo mais qualificado. Estamos, naturalmente, a falar de um turismo acima da média daquilo que são os gastos que normalmente quando os turistas vaiem uma semana ou outra e, depois ter a possibilidade que o Autódromo Internacional do Algarve tenha uma visibilidade além-fronteiras para que, durante o ano inteiro, as marcas, sejam elas de motos, automóveis ou outras, venham cada vez mais fazer as suas apresentações dos seus modelos», salientou o secretário de Estado do Turismo.
Pedro Machado disse ainda que este é um esforço contatado para dois anos, mas é uma ambição para muito mais anos, e estou certo que vamos conseguir criar as condições, não só para manter o MotoGP mas, quiçá, podermos alavancar outras provas de caráter mundial».
Refira-se que a etapa portuguesa do Campeonato do Mundo de MotoGP, Moto2 e Moto3 realiza-se no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, desde 2020, depois de já ter passado por Jarama (Espanha), em 1987, e pelo Estoril, entre 2000 e 2012.
Foram várias as individualidades que destacaram a importância do evento não só para o Algarve como para o país desde 2020 quando então pela primeira vez o circuito recebeu o campeonato e que desde então se tornou um dos favoritos de todo o paddock e onde apenas Miguel Oliveira, Francesco Bagnaia, Jorge Martin e Fabio Quartararo conseguiram vencer.
Com data ainda por anunciar, mas que será mais perto do final da temporada, o AIA irá assim receber pela sétima vez em 2025 os melhores pilotos de motociclismo do planeta, com regresso igualmente marcado para 2026.
