Maes e Noelanders reluziram na Figueira da Foz
Mesmo com nevoeiro e algum frio e chuva à mistura, a etapa inaugural do Rally de Portugal Histórico ligou Sintra à Figueira da Foz, onde os pilotos mostraram a arte de condução durante todo o percurso, chegando à Praia da Claridade satisfeitos com a resistência das máquinas…
CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt) – Fotos: PAULO MARIA E JOÃO DA FRANCA/ACP MOTORSPORT
Está dado o início da temporada outonal de mais uma edição do mítico Rally de Portugal Histórico, considerada uma das melhores provas de regularidade do Velho Continente. A primeira etapa do Rally de Portugal Histórico, à semelhança de anos anteriores, colocou a Figueira da Foz no final de uma aventura e peripécias.
Após a partida da Praia de Magoito, em Sintra, ao início da tarde, pilotos e navegadores tiveram de suportar uma superfície frontal que trouxe chuva e chuviscos, com temperaturas mais baixas que o habitual nos últimos dias, mas o ardor produzido pelos motores das máquinas aqueceu o estímulo das equipas.
A abordagem da estrada “enforca cães”, com o Atlântico a servir de pano de fundo, e a viragem para a Serra da Boa Viagem, logo após a Casa do Guarda, foi simplesmente apoteótica para as equipas participantes na competição do ACP Motorsport.
No primeiro caso, tratou-se de uma estreia que elevou ainda mais o binário dos automóveis, enquanto os pilotos, que não tiveram praticamente tempo para admirar tão eloquente cenário, apostando, naturalmente, na regularidade para atingir a Figueira da Foz no topo da classificação.
Após a conclusão da quinta e derradeira especial do dia, na Figueira da Foz, os belgas Ruben Maes e Yves Noelanders conduziram o Porsche 914/6, com o número 8 nas portas, ao triunfo, depois de esgrimir argumentos acérrimos com os seus compatriotas Yves Deflandres e Jennifer Hugo, aos comandos de um Porsche 911, com o número 24. As duas equipas chegaram ao parque fechado separadas por escassos 0,4 pontos.
Refira que Yves Deflandres e Jennifer Hugo são os recordistas de vitórias na prova do ACP Motorsport, pelo que os líderes da competição não deverão ter a vida facilitada a partir de hoje, na etapa que liga a Figueira da Foz a Viseu, com Reagrupamento em Arganil (Antiga Cerâmica Arganilense) e Rampa de Montalto.
Depois de muito porfiar, os francês Christophe Baillet, navegado pelo belga Jean-Marc Piret, em Porsche 911 SC 3.0, cotou-se o terceiro mais rápida, a 1,2 pontos de diferença para os líderes. Nesta luta titânica entre belfas e francês, destaque para a experiente dupla portuguesa, José Carvalhosa e António Caldeira, também em Porsche 911 SC 3.0, foram os melhores portugueses à chegada à Figueira da Foz, a 7,8 pontos dos belgas Ruben Maes e Yves Noelanders.
Quem também não vira a cara à luta e sempre disponível para dar o seu melhor em todas as provas que participa, o também experiente Paulo Marques, que faz equipa com João Martins, encerrou o “top five”, ao volante do vigoroso BMW 1600, a 8,8 pontos do topo da classificação.
Com 9,2 pontos da liderança terminou Domingos Santos e Filipe Menezes, em Porsche 911 SC 3.0, na sexta posição, relegando para o sétimo lugar Michel Decremer e Patrick Lienen, em Opel Ascona 400, a 14,4 pontos. O oitavo e nono lugar foram alcançados por Michel Badosa e Christophe Marques, em Renault T8 Major, e Luís Carvalho e Sancho Ramalho, ao volante de um BMW 2002, a 16,5 e 24,9 pontos, respetivamente.
Luís Cavaco e João Serôdio, em Ford Escort RS, fecharam o “top five”, com 25,1 pontos, deixando tudo em aberto para a segunda etapa do Rally de Portugal Histórico, em que as equipas voltam a marcar encontro com a chuva.
Mais azarados e atraiçoados pelas condições atmosférica e que não concluíram a etapa que terminou na Figueira da Foz, são os franceses Schembri Calogero e Salamone Lillo (Porsche 911 SC) e Eddy Sanfilippo e Fabrice Messersi (Porsche 911 SC 3.0).
Para esta quarta-feira, equipas e máquinas vão “atacar” a segunda etapa, com partida da Avenida do Brasil, na Figueira da Foz, às 8h00. Entre as 13h35 e as 15h30 terá lugar o Reagrupamento em Arganil, na antiga Cerâmica Arganilense. Pelas 15h40 inicia-se a mítica Rampa de Montalto, em Arganil, com chegada prevista e assistência no Montebelo Viseu Congress Hotel & Spa, em Viseu, entre as 19h30 e as 23h30.
PROGRAMA
2.ª ETAPA (25 DE SETEMBRO)
08h00 – Partida da Figueira da Foz (Avenida do Brasil)
13h35/15h30 – Reagrupamento em Arganil (Antiga Cerâmica Arganilense)
15h40 – Rampa de Montalto
19h30/23h30 – Chegada e assistência em Viseu (Montebelo Viseu Congress Hotel & Spa)
3.ª ETAPA (26 DE SETEMBRO)
08h00 – Partida de Viseu (Montebelo Viseu Congress Hotel & Spa)
11h10 – SS Circuito de Lousada
11h22 – Passagem junto à Câmara Municipal de Lousada
13h00/15h00 – Reagrupamento em Fafe (Quinta do Gadeão)
19h15/20h45 – Reagrupamento em Lamego (Paraíso do Douro)
21h00 – Rampa de Lamego
23h00 – Chegada a Viseu (Montebelo Viseu Congress Hotel & Spa)
4.ª ETAPA (27 DE SETEMBRO)
08h00 – Partida de Viseu (Montebelo Viseu Congress Hotel & Spa)
13h00/14h30 – Reagrupamento em Coimbra (Estádio Universitário)
18h30/21h00 – SS Leiria Street Circuito (Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa) e reagrupamento
23h55 – Passagem em São Pedro de Sintra
00h35 – Reagrupamento em Sintra (Palácio Municipal)
01h27 – Chegada a Sintra (Hotel Vila Galé Sintra)