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Eco Raide 2CV pelos segredos da Serra da Lousã

A Serra da Lousã voltou a transformar-se num autêntico “museu” a céu aberto, com a passagem de dezena e meia de Citroën 2CV divididos em dois grupos – cinco afoitos por caminhos não convencionais e 10 passantes…

CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)

A paixão pelos 2CV ficou patenteada no Eco Raide Serra da Lousã, jornada promovida pelo Núcleo 2CV de Coimbra integrado na Secção de Automóveis Antigos do Clube Automóvel do Centro desde 2015, que reuniu 15 viaturas “double chevron” e mais de três dezenas de participantes.

As pequenas mas resistentes viaturas da marca francesa, com o duplo V invertido que se tornou no cartão-de-visita da Citroën e o símbolo da sua inovação tecnológica e da sua estética arrojada, voltaram a sublinhar a história gloriosa da marca, “trepando”, sem mácula, a Serra da Lousã.

O ponto de partida foi dado na Portela, em Coimbra, com os participantes a serem convidados a abastecer as suas máquinas para, à chegada nas instalações do Clube Automóvel do Centro, serem postos à prova, ou seja, testados para observar quem conseguiu efetuar o percurso com menos consumo.

Ainda nas instalações do Clube Automóvel do Centro, foi servido um Porto de Honra para serem cantados os parabéns alusivos aos 33 anos do Núcleo 2CV, com a colaboração com Barreiros & Vilas, concessionário e reparador autorizado Citroën desde 1971, empresa que possui ponto de venda e após venda na Estrada de Coselhas em Coimbra, que oferece o bolo de aniversário.

Quanto ao Eco Raide Serra da Lousã, participantes e viaturas fizeram-se à estrada em formato de jornada animadíssima, ou não estivessem perante 33 anos e grande experiência do Núcleo 2CV de Coimbra, com cinco pré-história(s) e 28 de história(s).

Os primeiros 42 quilómetros ligaram Coimbra a Aigra Velha, com passagem por Foz de Arouce. Tratou-se de um aperitivo que serviu de estratégia para alcançar o objetivo de “trepar” a Serra da Lousã. Se para a primeira aventura foram necessários 14 quilómetros para dirigir os 2CV de Aigra Velha ao Balouço de Trevim, a segunda peripécia levou a caravana do Baloiço do Trevim ao Talasnal, ao cabo de 13 quilómetros.

Após um momento de convívio para apreciar a beleza dos automóveis presentes, alguns deles verdadeiras peças de museu que transportam ao longo de décadas todo o prestígio da marca “double chevron”, o Talasnal foi o local escolhido para retemperar energias ao almoço, mas especialmente como uma forma de sociabilizarem-se uns com os outros, entre chanfana, bacalhau, arroz doce e pastéis de Castanha.

Uma verdadeira Quilocaloria. Ou melhor: a caloria é uma unidade de energia que se originou da obsoleta teoria calórica do calor. Por razões históricas, duas definições principais de “caloria” são amplamente utilizadas. Ao volante de um Citroën 2CV não há nada que possa afligir…

Por isso, os motores das vedetas da história do mundo automóvel e, até de cinema, voltaram a ressoar para se fazerem de novo à estrada. Do Talasnal, os participantes seguiram até ao Senhor da Serra, via Cacilhas. Como a vida é uma estrada, foram 27 quilómetros de curvas contracurvas. Uma estrada com muitas curvas contraria as autoestradas onde se vai mais rápido, mais tranquilo e mais seguro, mas as vias tradicionais têm mais ação e atenção redobrada. Estava encerrada a penúltima etapa do Eco Raide Serra da Lousã. Pela frente havia mais 12 quilómetros entre o Senhor da Serra e Coimbra, com passagem por Ceira.

Estava quase finalizada a odisseia dos 2CV. Já em Coimbra, as máquinas atestar de novo e receberam os prémios de condução ecológica, numa jornada que culminou no Clube Automóvel do Centrocom os cânticos de parabéns ao Núcleo 2CV de Coimbra.

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