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“2024 é um ano muito especial para nós”

Aos comandos de um Hyundai i20 N Rally2, Ricardo Teodósio, que faz equipa com José Teixeira, inicia este fim de semana a defesa do título de campeão nacional no Minho e Trás-os-Montes, liderando a “armada” de favoritos. O piloto algarvio não descura a oportunidade chegar ao quarto título absoluto da carreira…

Texto: DINIS DIAS (estagiário de autolook.pt)

O Rali Serras de Fafe, Felgueiras e Boticas apresenta-se com uma lista de inscritos recheada de pilotos internacionais, que aproveitam esta prova para tomar contacto com os troços minhotos já a pensar no Rali de Portugal, em maio, a contar para o Campeonato do Mundo.

A temporada de 2024 do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) está prestes a começar, com a maior parte das equipas já numa avançada fase de preparação para a nova época.

Autolook.pt esteve à conversa com Ricardo Teodósio, campeão nacional em título, revelando que o objetivo para 2024 será a revalidação do ceptro, sobretudo tendo em conta que este ano é um ano muito especial.

«É o nosso ano, estamos em 2024, o nosso número é o 24, e 24 mais 24 dá 48 que é a minha idade, por isso sermos campeões este ano seria muito especial», confidenciou Ricardo Teodósio. O piloto algarvio admite ter ambições altas, mas também reconhece que o primeiro rali não será nada fácil.

«Gostava muito de conseguir no Rali Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas e e Cabeceiras de Basto um resultado excelente, se possível vencer, mas isso vai depender das condições climatéricas que estão a mudar. Neste momento prevê-se chuva e neve, o que não é bom, porque o chão ficará muito maltratado», sublinhou Ricardo Teodósio

Para alcançar a meta do quarto título, será necessário chegar aos níveis de consistência registados o ano passado, onde em oito ralis terminou sete vezes no “top4”.

«Nós temos de usar muito a cabeça nos ralis porque, às vezes, não temos o “set up” do carro mais adequado para certas circunstâncias e, por isso, temos de ter a capacidade de nos adaptar o mais breve possível. Mas também temos de pensar que, por vezes, não se consegue fazer um resultado melhor e temos de ficar onde estamos, porque se formos arriscar mais, existe maior probabilidade de desistirmos e prejudicar o campeonato», ressalvou o campeão nacional em título.

O maior desafio para esta época será bater o companheiro de equipa, que pode ser considerado o maior rival. Contudo há outros nomes que não descurar.

«O maior desafio será o meu colega de equipa, o Kris Meeke tem um andamento mundialista e é difícil andar à frente dele, mas vou tentar contrariar esse desiderato. Tenho de tentar mas, se ficar em segundo lugar, só atrás dele, e à frente do resto dos adversários, já seria excelente, porque para além do Meeke, ainda há o Armindo Araújo, o José Pedro Fontes, entre outros», destacou Ricardo Teodósio.

Algo que está garantido para esta temporada é o espetáculo nos troços aquando da passagem do piloto da Guia, concelho de Albufeira…

«Vou andar o máximo possível. Vou divertir-me e, acima de tudo, divertir quem for ver o rali, tentando dar um bocadinho de espetáculo, porque as pessoas estão sempre à espera do Teodósio, que faz as coisas um bocadinho diferente dos outros. Não quero dizer com isto que seja melhor, mas é a minha forma de conduzir», sustentou Ricardo Teodósio.

Espera-se mais uma temporada cheia de emoções no CPR, com o Rali Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas e Cabeceiras de Basto a abrir as hostilidades nos próximos dias 23 e 24 de fevereiro.

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