Lista aliciante de 56 equipas no CPR
Lista de inscritos Rally Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas e Cabeceiras de Basto com 20 Rally2, numa lista de inscritos aliciante. O boliviano Marco Bulacia, piloto oficial da Citroën no WRC2, é um dos estrangeiros que vem preparar a sua participação no Vodafone Rally de Portugal.
PEDRO RORIZ E CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)
Como sucede desde 2013, com exceção de 2021 quando foi o Clube Automóvel de Amarante a organizar a primeira prova da temporada, o Demoporto dá a bandeirada de saída para o Campeonato de Portugal de Ralis (CPR).
Trata-se do Rali Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas e Cabeceiras de Basto que, desta feita, não conta para o Campeonato da Europa, ao contrário do que aconteceu nos últimos quatro anos.
Ricardo Teodósio (Hyundai i20 N Rally2), do Team Hyundai Portugal, inicia a defesa do título e não esconde a vontade de o revalidar, continuando a contar com o inglês Kris Meeke (Hyundai i20 N Rally2) como companheiro de equipa, no Team Hyundai Portugal.
Quando, o ano passado, a Hyundai Portugal inscreveu o irlandês Craig Breen no CPR temeu-se que o irlandês dominasse a temporada, mas o seu prematuro desaparecimento e a posterior substituição por Kris Meeke não impediu Ricardo Teodósio de conquistar o título.
Este ano, o inglês vai cumprir toda a temporada e é um dos candidatos à sucessão do seu colega de equipa na lista de campeões, mas se a sua rapidez é reconhecida, os seus excessos comprometem muitas vezes os seus resultados, pelo que pode muito bem acontecer o que sucedeu o ano passado, em que só terminou quatro das seis provas em que alinhou.
Na lista de candidatos à sucessão de Ricardo Teodósio está o sete vezes campeão nacional, Armindo Araújo (Skoda Fabia RS Rally2), do Team Armindo Araújo/The Racing Factory, mais adaptado ao carro da marca chequia, que estreou a meio da temporada anterior.
Em igualdade circunstancial está José Pedro Fontes (Citroën C3 Rally2), da Sports & You, que tentará, na fase inicial, em pisos de terra, arrecadar o maior número de pontos para, na segunda, em pisos de asfalto, onde está mais à vontade 3 tentar chegar ao título que lhe escapa desde 2016.
Estes são, à partida, os “três mosqueteiros” na luta pelo título, com Pedro Meireles (Hyundai i20 N Rally2), Ernesto Cunha (Skoda Fabia Rally2 Evo), que passa dos carros de duas rodas motrizes para os RC2 e que deverá levar algum tempo a adaptar-se à nova “arma”, Pedro Almeida (Skoda Fabia Evo) estarão numa segunda linha e prontos para aproveitar os problemas que afetam os favoritos.
Com o pensamento no Vodafone Rally de Portugal a utilizar algumas das especiais da prova fafense, aparecem na lista de inscritos os bolivianos Marco Bulacia (Citroën C3 Rally2) e Sebastian Franco (Citroën C3 Rally2) e o inglês Harry Hunt (Citroën C3 R5), da Sports & You que não deverão interferir na luta pela vitória.
Destaque para a presença do campeão açoriano, Ruben Rodrigues (Skoda Fabia RS Rally2), da ARC Sport que marcará presença em várias provas do CPR, descartando a possibilidade de lutar pela revalidação do título regional.
No que diz respeito às duas rodas motrizes, Gonçalo Henriques (Renault Clio Rally4), Daniel Nunes (Peugeot 208 Rally4/, Hugo Lopes (Peugeot 208 Rally4), Pedro Silva (Peugeot 208 Rally4) e Jorge Carvalho (Renault Clio Rally4) parecem ser os mais sérios candidatos ao pódio da respetiva categoria.
A prova de abertura do CPR marca, também o início do TGR Iberian Cup, que reúne 10 equipas, cinco espanholas, quatro portuguesas e uma boliviana, com Bruno Bulacia (Toyota GR Yaris RZ), os portugueses Ricardo Costa (Toyota GR Yaris RZ) e Miguel Campos (Toyota GR Yaris RZ) e o espanhol Josep Bassas (Toyota GR Yaris RZ), da Biela Club Manresa, a perfilarem-se como favoritos, embora numa competição onde todos guiam os mesmos carros as surpresas possam sempre aparecer.
Começa, ainda, o Campeonato Promo, com Adruzilo Lopes (Skoda Fabia N5) a iniciar a defesa do respetivo título tendo, à partida, em Miguel Carvalho (Hyundai i20 N5), João Araújo (Ford Fiesta N5) e no lituano Martynas Samsonas (Skoda Fabia N5) os seus principais opositores.
Em suma, o Rali Serras de Fafe, Felgueiras, Boticas e Cabeceiras de Basto, também pontuável no Campeonato de Portugal de Ralis 2RM (duas rodas motrizes), no Campeonato de Portugal de Masters de Ralis, no Campeonato Promo de Ralis, no Challenge R5/S2000, será ainda a prova de abertura da Toyota Gazoo Racing Iberian Cup 2024, que tem inscritos dez pilotos com os Toyota GR Yaris RZ Cup.
O arranque da competição acontece na tarde de sexta-feira com a passagem pelas especiais de Boticas – Vale do Tâmega (9,64 km – 16h13) – igual à versão percorrida o ano passado – e Boticas – Senhora do Monte (11,53 km – 16h51) – mais curta cinco quilómetros, com início e final igual, mas com a parte central a ser uma novidade – que antecedem a tradicional super-especial de Fafe (1,62 km – 21h00), onde nada se ganha e tudo se pode perder.
No sábado, os concorrentes de terão de percorrer oito provas de classificação, que mais não são do que uma dupla passagem pelas classificativas de Luilhas (11,09 km – 8h00 e 10h26) – mais longa do que a versão percorrida na edição anterior – Cabeceiras de Basto (10,68 km – 8h43 e 11h09) – que tem partida e chegada no mesmo local, mas três quilómetros novos no meio – Seixoso (9,97 km – 13h32 e 16h00) – sem novidades – e Lameirinha (11,18 km – 14h30 e 16h58) – mais curta que a versão do ano passado – onde a segunda passagem funciona como “Power Stage”.
CPR mais ecológico
Ao aprovar, em Janeiro de 2022, o Código de Sustentabilidade Ambiental e de ter fixado, de acordo com a linha definida pela FIA, a neutralidade carbónica, em 2025, e Emissões Zero, em 2030, a FPAK começou a trabalhar nesse sentido e garantiu que, no CPR de 2024, os concorrentes com carros da categoria RC2 irão utilizar gasolinas 100% renováveis, livres de combustíveis fósseis e com elevada percentagem na redução de emissões de CO2.
Recorde-se que, em linha com as posições da ONU, a entidade federativa internacional definiu a “Estratégia Ambiental FIA 2020-2030”, assente em três pilares: ação climática, tecnologia e inovação e práticas sustentáveis.
De acordo com o seu Código de Sustentabilidade Ambiental, e para compensar as emissões produzidas, a FPAK, em parceria com a Total Energies vai plantar 16.000 árvores, na área ardida do Pinhal de Leiria, em 2024
HORÁRIO
SEXTA-FEIRA (23 DE FEVEREIRO)
Partida (Largo da Igreja de Boticas) 15:45
PEC 1 – Boticas/Vale do Tâmega (9,64 km) 16:13
PEC 2 – Boticas/Senhor do Monte (11,53 km) 16:51
Reagrupamento In (Rua Ângelo Mendonça/Fafe) 18:16
Reagrupamento Out 20:55
PEC 3 – Fafe (1,62 km) 21:00
Parque Fechado (frente ao Pavilhão Multiusos) 22:15
SÁBADO (24 de FEVEREIRO)
Partida do Parque Fechado 07:15
Partida do Parque de Assistência (Praça das Comunidades) 07:30
PEC 4 – Luílhas 1 (11,9 km) 08:00
PEC 5 – Cabeceiras de Basto 1 (10,68 km) 08:43
Reagrupamento In 09:18
Reagrupamento Out 09:45
PEC 6 – Luílhas 2 10:26
PEC 7 – Cabeceiras de Basto 2 11:09
Reagrupamento In (Feira Velha) 11:44
Reagrupamento Out 11:54
Parque de Assistência In (Praça das Comunidades) 12:29
Parque de Assistência Out 12:59
PEC 8 – Seixoso 1 (9,97 km) 13:32
PEC 9 – Lameirinha 1 (11,18 km) 14:30
Reagrupamento In (Feira Velha) 15:04
Reagrupamento Out 15:30
PEC 10 – Seixoso 2 16:00
PEC 11 – Lameirinha 2 – POWER STAGE 16:58
Parque Fechado (Feira Velha) 17:32
