FÓRMULA 1

Têxteis Penedo a caminho da Fórmula 1

Uma marca global de material desportivo de Guimarães está nos testes finais para passar a usar o “Cork-a-Tex” como matéria-prima nas suas linhas de sapatilhas para desporto, moda e também para serem usadas pelos pilotos da Fórmula 1. A decisão será anunciada em fevereiro, revela Xavier Leite, CEO da Têxteis Penedo.

carlos.sousa@autoloo.pt

Xavier Leite, CEO da Têxteis Penedo

De acordo com Xavier Leite, CEO da Têxteis Penedo, uma marca reconhecida de material desportivo pretende usar o “Cork-a-Tex” como matéria primeira nos sapatos para desporto e que passarão a ser usados inclusivamente por pilotos de Fórmula 1.

A tecnologia, desenvolvida pela empresa de Guimarães, está a ser testada e a decisão sobre a sua inclusão nas sapatilhas é conhecida em fevereiro, como avança o jornal T. A mesma inovação da Têxteis Penedo está a ser testada por uma empresa alemã que fabrica relvados de campos de futebol. É usada para absorver a humidade e é colocada numa camada antes da relva.

O “Cork-a-Tex” é desenvolvido a partir de substratos têxteis combinados com resíduos de cortiça, nomeadamente rolhas e produtos antigos, além de outros produtos em cortiça.

Xavier Leite, CEO da Têxteis Penedo

O objetivo é o desenvolvimento e produção de substratos têxteis inovadores e de alto desempenho que incorporem ao mesmo tempo as «propriedades dos substratos têxteis no que diz respeito ao conforto, toque e aspeto» e os «benefícios funcionais da cortiça: natural, confortável, hipoalergénica, com uma elevada resistência à fricção e boa elasticidade».

«Disponibilizar fios inovadores, premium e de alto desempenho, bem como outros produtos têxteis que incorporem simultaneamente as propriedades dos substratos têxteis e as caraterísticas únicas da cortiça. Valorizar os desperdícios da indústria têxtil e da indústria da cortiça num contexto de economia circular, satisfazendo os “stakeholders” e as necessidades humanas, e contribuindo para a sustentabilidade do montado e do planeta», aponta a marca, como missão.

A empresa surgiu após um projeto promovido e financiado pelo governo português e pela União Europeia, seguido pelo projeto de demonstração “Cork-a-Tex”, desenvolvido através de uma parceria com entidades não empresariais da CITEVE e FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) e as empresas Sedacor e Têxteis Penedo, direcionadas para o desenvolvimento de substratos têxteis com a incorporação de cortiça.

«O sucesso destes projetos levou à criação de uma nova empresa, focada na valorização da aplicação dos resultados alcançados nesses projetos R&D (Pesquisa e Desenvolvimento)», explica a “Cork-a-Tex”, no seu sítio da Internet.

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