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António Costa vai manter o aumento do IUC

O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira o aumento do Imposto Único de Circulação (IUC) para os carros anteriores a 2007, alegando que é preciso «fazer escolhas» e a sua recai na redução de impostos sobre os rendimentos de trabalhadores e pensionistas para «maior justiça social».

carlos.sousa@autolook.pt

No regresso dos debates quinzenais, que têm agora um novo modelo, o presidente e deputado da IL, Rui Rocha, desafiou António Costa a recuar nesta medida de «crueldade fiscal» e que afeta as pessoas «mais desfavorecidas».

«Fazer política implica fazer escolhas. O senhor deputado tem que escolher, prefere mais 25 euros de IUC ou menos 874 euros de IRS», questionou António Costa, dando como o exemplo esta redução de IRS para um casal que tem dois filhos e cada um ganha 1.500 euros.

A escolha do primeiro-ministro, nas suas próprias palavras, «é muito simples». «É que eu quero baixar os impostos sobre os rendimentos do trabalho e sobre os rendimentos dos pensionistas porque quero maior justiça social em Portugal», afirmou.

Segundo António Costa, a oposição «tem que decidir se a emergência climática é todos os dias ou é só à segunda, quarta e sexta-feira», referindo-se ao facto deste aumento do IUC resultar de uma componente ambiental.

A intervenção do presidente da IL tinha começado com uma referência às «seis versões diferentes» que o primeiro-ministro já tinha tido sobre a TAP e uma classificação da proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

«Pimenta na língua, porque foi prometido que haveria uma redução de carga fiscal e o que temos é um aumento», acusou. Rui Rocha criticou o Governo de António Costa por, há oito anos no poder, ter como marca as «promessas que nunca são cumpridas», dando como exemplos a atribuição de um médico de família para todos os portugueses, a «habitação condigna» para todos nos 50 anos do 25 de abril e o programa Creches para todos.

Rui Rocha perguntou a António Costa «quantos portugueses não terão médico de família em 2024» e se, «quando iniciar o ano letivo de 2024, quantos alunos iniciarão esse ano letivo sem professor pelo menos a uma disciplina».

António Costa respondeu que «este ano letivo iniciou com 98% dos horários preenchidos e, neste momento, mais de 20 mil lugares foram preenchidos nas diversas modalidades de preenchimento».

«Relativamente aos médicos de família, temos vindo a fazer a nossa trajetória, não ao ritmo que desejávamos», assumiu o primeiro-ministro, assegurando que, com a generalização do modelo B dos centros de saúde, este número «aumentará significativamente».

Sobre as críticas do presidente liberal relativamente às pessoas que vão horas para a porta do centro de saúde para conseguirem consultas, o primeiro-ministro disse não ignorar este problema, mas o «bom conselho» que dá aos utentes «é, que antes que saiam de casa, ligar para a linha Saúde 24», que tem «técnicos qualificados para responder» ao que «efetivamente precisam».

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