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Opel Corsa híbrido: solução de compromisso

Para quem se sentar ao volante, os diversos ajustes concedem uma boa posição de condução, embora a visibilidade para a frente seja parcialmente obstruída pela colocação do retrovisor – no mesmo plano do volante.

FAUSTO MONTEIRO GRILO

A frente “vizor” cuja estética se encontra noutros modelos da gama, permite identificar este citadino-familiar, que em pouco passa os quatro metros de comprimento (4.060 mm) e não chega aos dois metros na cota de largura, mesmo quando medida entre retrovisores (1.960 mm e 1.765 mm com espelhos recolhidos).

A altura não chega a metro e meio (1.435 mm), enquanto a volumetria da bagageira concede 309 litros, moduláveis a 1.081 litros mediante rebatimento das costas dos assentos traseiros, que não garantem um piso plano. Devido ao perfil circundante da carroçaria, a bagageira fica uma espécie de “gaveta” à qual se acede com facilidade.

Em Outubro de 2022 o Corsa conquistou cinco estrelas Euro NCAP. Em Agosto do ano seguinte, conquistou metade das estrelas no Green NCAP (2½ estrelas ou 47% de eficiência energética) com o motor de três cilindros, injecção directa e turbo de geometria variável.

Com a chegada do híbrido, mediante motor eléctrico de 21 kW que pode ser utilizado em pleno até aos 30 km/h, as performances foram melhoradas face a anteriores motores, mas o ganho mais significativo, é registado nas emissões poluentes das versões de 100 ou 136 cv.

Com satisfatória acessibilidade aos lugares dianteiros, o Corsa concede menores ângulos e dimensões nos acessos aos lugares posteriores. Para quem se sentar ao volante, os diversos ajustes concedem uma boa posição de condução, embora a visibilidade para a frente seja parcialmente obstruída pela colocação do retrovisor – no mesmo plano do volante.

A visibilidade lateral é boa, enquanto na marcha-atrás, a visualização da manobra é auxiliada mediante visor central no painel, cujas marcas delimitadoras da carroçaria e trajectória são fixas. Na consola central estão os comandos da transmissão automatizada de seis relações, e três modos de utilização: eco, normal e sport.

Num automóvel com um motor 1.2 é de salientar a boa utilização nos vários regimes. O ciclo “Miller” que faz variar a abertura da válvula de admissão, conjugado com a sobrealimentação, injecção directa e motor eléctrico, permite obter boas acelerações e reprises. Ao alterar o ciclo de admissão da mistura ar+gasolina, altera também os ciclos de compressão e escape, com este último a intervir na movimentação do turbo de geometria variável.

Logo nos baixos regimes tornam-se perceptíveis as boas acelerações e reprises, enquanto nos médios e altos se nota mais a eficiência do travão-motor, com efeito benéfico no carregamento da bateria colocada sob o plugar de quem se sentar ao volante. Num breve contacto ao volante e num percurso misto (AE+EN+Urbano) foi registado um consumo de 4,5 litros/100 km à média de 36,0 km/h.

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