AUTOMÓVEISComércio & Indústria

Mazda CX-5 num patamar mais competitivo

Volvidos 12 anos da entrada do CX-5 na gama, este “SUV” foi o primeiro Mazda a revelar o conceito “Kodo” e a tecnologia “Skyactive”. Em 2017, e com a segunda geração, foi a vez do “Jimba Ittai” sintetizar o “design” e a engenharia.

FAUSTO MONTEIRO GRILO

Nas versões actuais e além das melhorias introduzidas, estão disponíveis quatro níveis de equipamento, que variam de forma significativa os preços. Todavia, há uma que desperta atenções! O preço é intermédio face às escolhas no modelo, a transmissão é automática, e o combustível presta homenagem a Rudolf Diesel.

Numa altura em que as tendências apontam para os eléctricos ou híbridos, e a digitalização está na ponta dos dedos, a Mazda propõe um “SUV” que em pouco passa os quatro metros e meio de comprimento total (4.575 mm). A largura passa dos dois metros se contar com os retrovisores (2.115 mm e 1.845 na carroçaria) enquanto a altura passa o metro e meio, em especial se contarmos com a antena cuja silhueta lembra a barbatana de tubarão (1.685 mm).

Na bagageira e contando com o espaço sob o piso, estão disponíveis 522 litros, moduláveis a 1.395 litros mediante rebatimento assimétrico dos assentos traseiros. Com injecção directa+catalisador por oxidação+filtro de partículas, o CX-5 disponibiliza 150 cv às rodas dianteiras ou 184 cv/4.000 rpm nas rodas dianteiras ou 4×4.

Pronto para dar, à chave a tara está perto dos 1.700 kg, enquanto os pesos rebocáveis podem ser de 750 ou 2.100 kg sem e com travões respectivamente. Sobre o tejadilho e consoante a montagem de barras ou porta-bagagens, os pesos máximos estão nos 75 e 50 kg. No tocante à capacidade do depósito, o Diesel de 184 cv comporta 58 litros.

A ampla abertura de todas as portas concede uma acessibilidade muito boa e, uma vez no interior, a par da sobriedade habitual dos Mazda, este CX-5 é apresentado com materiais de qualidade e uma boa finalização. Boas cotas de habitabilidade, garantem muito espaço para quatro adultos, sendo o lugar do meio um pouco mais sacrificado no que diz respeito ao conforto e habitabilidade. Para um automóvel destas dimensões, o espaço de arrumos poderia estar melhor organizado.

Encontrar uma boa posição de condução é muito fácil devido aos comandos eléctricos no assento de quem se sentar ao volante, com este a permitir ajustes em altura e telescópico da coluna de direcção. Boa leitura do painel de instrumentos e um fácil manuseamento do visor central de 7” a partir do comando (premir e rodar) completam a instrumentação.

Ainda para quem se sentar ao volante, a visibilidade é boa para a frente e laterais, enquanto para a traseira, os sensores sonoros e a visualização 360º são uma preciosa ajuda para manobrar este CX-5 Homura, o tal Diesel com transmissão automática de seis relações.

Se pensarmos nas soluções híbrida ou “plug-in” este Diesel é diferente em alguns detalhes na condução. Todavia, existe um denominador comum entre este e outros “SUV” da Mazda. O conforto de rolamento é um desses. Outro dos pontos a destacar, tem a ver com o rolamento lateral da carroçaria.

Mesmo nas curvas mais fechadas, é pouco perceptível e isso também contribui para o tal conforto de rolamento. Nas versões equipadas com jante 19” e pneus 225/55, o baixo perfil enfatiza a firmeza das suspensões, em especial nos pisos mais degradados. Em bom piso e em termos dinâmicos, tanto as suspensões independentes (Macpherson na frente e multibraços atrás) como os travões, concedem um desempenho dinâmico muito bom.

Como é evidente e quando se prime o botão “start” os primeiros quilómetros permitem avaliar o peso do automóvel, mas cedo se percebe que utilizando o automatismo, ou a selecção manual (no selector na consola central ou patilhas atrás do volante) o 2.2 a gasóleo é reactivo o suficiente, para conceder uma condução agradável e andamentos mais vivos, se assim se entender. Num breve contacto ao volante e num percurso misto (AE+EN+Urbano) o consumo registado foi de 6,9 litros/100 km.

Sem a agilidade do CX-30 ou cotas de habitabilidade do CX-60, o CX-5 é um “SUV” intermédio para quem dispensa um visor táctil ou as mais recentes motorizações, tanto as híbridas como as “plug-in”.

Todavia, além dos conceitos da marca (Kodo, Jimba Ittai, Skyactive) e das mais recentes tecnologias anglo-saxónicas, como o “G-Vectoring control +” o “Skyactive-Vehicle Dynamic, o DAB+, Apple carplay, Android auto, myMazda app, entre outras, o CX-5 é, apesar de todos estes argumentos, fortemente penalizado por taxas, impostos e dupla tributação.

O preço-base de 34.715 euros é onerado em 10.650,17 euros de ISV e 10.435,56 euros de IVA, a que acrescem despesas administrativas. O total fica nos 55.807,56 euros para este Mazda CX-5 2.2 Skyactive-D 184 cv 6AT 4×2 Homura.

ALGUMAS CARACTERÍSTICAS

4.575, 1.845 (2.115 com espelhos), 1.680 ou 1.685 com antena

522 litros, incluindo o espaço sob o piso

1.395 litros

2.191 cc, DOHC 16 V

injecção directa + catalizador + DPF

134 kW 184 cv / 4.000 rpm

445Nm 2.000 rpm

56 litros

1.689 kg 750 s/travões ou 2.100 c/travões

Partilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *