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Ricardo Filipe ausente do Rali de Castelo Branco

«Na sequência da recente decisão da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), relativa à obrigatoriedade da utilização de uma marca única de gasolina sintética no Rali de Castelo Branco e Vila Velha de Rodão, tomei a decisão de não participar nesta prova», referiu o piloto algarvio em comunicado.

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Em nota enviada à nossa redação, Ricardo Filipe considera que «a deliberação da FPAK é profundamente injusta e desequilibrada». «No meu caso particular, insere-se numa linha de atuação federativa que tem vindo a revelar uma preocupante tendência para o tratamento desigual dos concorrentes», acrescentou.

De acordo com o piloto algarvio de Boliqueime, no concelho de Loulé, «no início da temporada, no Rali Serras de Fafe, informámos a FPAK de que a Skoda Motorsport não disponibilizava um mapa de motor compatível com as gasolinas sintéticas então aprovadas, sendo o nosso veículo apenas compatível com combustível da marca P1, entretanto retirada do mercado».

«Solicitámos, com antecedência e de forma fundamentada, autorização excecional para utilizar outro tipo de combustível apenas nessa prova, enquanto procurávamos uma solução definitiva para as restantes. O pedido foi recusado. A FPAK sugeriu, em alternativa, que não participássemos ou que competíssemos fora da classificação do campeonato, integrados apenas no Challenge R5/S2000», pode ler-se no comunicado.

Ainda segundo a nota emitida pela formação de Ricardo Filipe, «graças a um esforço significativo da nossa equipa e ao acaso de encontrarmos combustível P1 ainda em stock num agente francês, conseguimos participar em Fafe e nas provas seguintes, cumprindo sempre os regulamentos».

Chegados agora a Castelo Branco, «somos confrontados com uma alteração súbita das regras, a escassos dias da prova, através de um aditamento que impõe o uso de uma única marca de combustível – medida tomada para satisfazer a solicitação de uma equipa», sublinha o comunicado.

«Este critério variável e discriminatório fere o princípio da equidade e revela uma preocupante prática de “dois pesos e duas medidas”, com a qual não nos identificamos nem compactuamos. Não criticamos os colegas e adversários que legitimamente defendem os seus interesses. Criticamos, sim, a incoerência da FPAK ao aplicar critérios totalmente distintos consoante o interlocutor. Essa instabilidade regulatória descredibiliza o campeonato e compromete a verdade desportiva», acrescenta o documento.

«Defendemos que qualquer alteração regulamentar deve ser feita de forma atempada, transparente e com a auscultação de todos os pilotos e equipas. Só assim se garante o respeito pelos intervenientes da modalidade e se promove uma competição justa e digna. Com esta posição, afirmamos o nosso compromisso com a verdade desportiva e com a igualdade de tratamento no seio da modalidade», finaliza o comunicado.

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