Rali de Monte Carlo abre “hostilidades” no WRC
O Campeonato do Mundo de Ralis começa quinta-feira, em Gap, com o arranque do Rali de Monte Carlo, mas há muitas dúvidas, tal como sucedeu o ano passado, em relação aquilo que pode suceder ao longo do ano.
PEDRO RORIZ E CARLOS SOUSA (auto.look2010@gmail.com)
O Campeonato do Mundo de Ralis (WRC) arranca esta quinta-feira, em Monte Carlo, à “porta fechada”, com a primeira de 12 provas de um calendário reformulado devido à pandemia da Covid-19, que adiou a reforma do campeão Sébastien Ogier (Toyota Yaris WRC).
Para já sabe-se que o Rali da Suécia, que devia estar na estrada, de 11 a 14 de Fevereiro, foi substituído pelo Rali do Ártico (Finlândia) sedeado em Rovaniemi, capital da Lapónia e terra do Pai Natal. É na cidade situada nas proximidades do Circulo Polar que a prova deve decorrer com temperaturas a rondar os 30 graus negativos, de 26 a 28 de Fevereiro.
Já o Rali de Inglaterra, agendado para decorrer de 19 a 22 de Agosto, foi substituído pelo Rali de Ypres, com a prova belga, que já tinha sido uma solução de recurso não concretizada, o ano passado, a voltar a ter hipótese de integrar o calendário do “Mundial”.
A realização da prova finlandesa, que faz a estreia no “Mundial”, permite o regresso das provas em piso de neve, algo que nos últimos anos não tinha sucedido na Suécia, por as temperaturas na região de Torsby não serem tão baixas como em anos anteriores, o que contribuía para a diminuição da neve.
Um ano depois da Itália ter sido palco de duas provas do WRC é a vez da Finlândia assegurar o mesmo estatuto, mais uma vez, para garantir um calendário de 12 provas, tal como tinha sido anunciado.
As dúvidas sobre a realização do Rali de Monte Carlo mantiveram-se até muito perto do arranque da prova, que teve de ser reformulada e encurtada, passando de um percurso total de 1.475,29 km dos quais 303,52 km divididos por 16 especiais, para 1.392,88, com apenas 14 provas de classificação que totalizam 257,64 km do trajecto total, o que faz da edição de 2021 a mais curta da história da prova monegasca.
Pairava uma nuvem negra sobre a realização do Rali de Monte Carlo na data agendada, mas a Câmara Municipal dos Altos Alpes deu luz verde à realização da prova e aquela desvaneceu-se. A 89ª edição do Rali de Monte Carlo vai mesmo realizar-se, depois da Câmara Municipal dos Alpes (Hautes Alps) ter dado luz verde para que a prova se realize nos dias 22 a 24 de Janeiro.
Recorde-se que faltava esta autorização para que a prova fosse realizada, depois da luz verde dada Câmaras Municipais da Alta Provença (Haute Provence), Drôme, Isére e Alpes Marítimos. Com a autorização do governo regional dos Alpes, nada pode impedir, agora, a realização da prova.
A presidente da câmara dos Altos Alpes, Martine Clavel, referiu que «é um trabalho de excelência que foi feito pelo Autombile Club de Monaco, e é o profissionalismo deste organizador que permite que a primeira prova do Mundial de Ralis possa ser realizadas debaixo das actuais condições de segurança sanitária que têm de ser impostas para segurança de todos».
Claro que a autorização para a realização da prova, obrigou a medidas de segurança drásticas. Os horários das classificativas foram alterados para que seja cumprido o recolher obrigatório às 18h00. E o Monte Carlo não terá público. As especiais vão ser fechadas no dia anterior às 18h00, excepto para os residentes. Estarão mais de 100 comissários e polícias destacados para fazer cumprir a lei e a ausência de espectadores.
A nível de equipas oficiais não há novidades, com a Toyota, agora dirigida pelo finlandês Jari-Matti Latvala, que rendeu no cargo o seu compatriota Tommi Kakinen, a conservar ao volante dos Yaris WRC o francês Sébastien Ogier, que inicia a defesa do título, depois de ter “batido” com força nos testes, o galês Elfyn Evans, que, o ano passado esteve muito perto de conquistar o seu primeiro ceptro, o finlandês Kalle Rovampera, cada vez mais perto de integrar a lista de vencedores, e o japonês Takamoto Katsuta, que continua a sua evolução.
A Hyundai, que ficou sem o francês Sébastien Loeb, continua a contar com o estónio Ott Tanak, o belga Thierry Neuville, desejoso de repetir o triunfo do ano passado, o espanhol Dani Sordo e o francês Pierre-Louis Loubet, que pode ser uma aposta para o futuro.
Se não acontecer nada de estranho, o sucessor de Sébastien Ogier, sairá do lote destes pilotos, uma vez que a Ford, reduzida ao finlandês Temmu Suninen e ao inglês Gus Greensmith, com o finlandês Esapekka Lappi a optar por uma paragem, não tem “argumentos” para contrariar o duelo entre Toyota e Hyundai.
Nos RC2, divididos em duas categorias (WRC2, para os pilotos que representam equipa, e WRC3, para os que competem em nome individual, com Andreas Mikkelsen (Skoda Fabia Rally2 Evo) a ter de ser apontado como favorito.
Fruto da superior experiência mundial, o piloto norueguês está entre os primeiros, com o francês Eric Camilli (Citroën C3 Rally2), e o finlandês Oliver Solberg (Hyundai i20 R5) a perfilarem-se como os seus principais opositores, enquanto entre os restantes o francês Nicolas Ciamin (Citroën C3 Rally2) parte como “o homem a bater”.
Portugal está presente em Monte Carlo, com a Sports & You, que vai dar assistência ao carro de Eric Camilli, com o piloto a contar com o apoio da “Race for Good”, equipa de André Villas-Boas, com objectivo de destacar o trabalho desenvolvido pela ONG Ace Africa, no Quénia e na Tanzânia, que fornece ajuda diária a milhares de pessoas em África.
De destacar a presença de seis Alpine A110 Rally, contra um Abarth 124 Rally, marcas que fazem parte da história dos ralis mundiais e que vão estar em confronto na categoria RGT.
A ESTRADA
A prova monegasca arranca em Gap, como vem sendo habitual, com Saint-Disdier – Corps (20,58 km) e Saint-Maurice – Saint-Bonnet (20,78 km) a serem as duas provas de classificação a percorrer antes dos concorrentes regressarem ao local de partida.
Na sexta-feira, também com partida e chegada a Gap, haverá uma dupla passagem pelas especiais de Aspremont – La Bâtié-des-Fonds (19,61 km) e Cahalancon – Gumiane (21,62 km) e uma por Montauban-sur-l’Ouvèze – Villebois-les-Pins (22,23 km), a mais extensa, por a segunda passagem ter sido anulada para permitir a chegada mais cedo, para ir ao encontro das determinações das autoridades de saúde.
No sábado, na ligação entre Gap e Monte Carlo, a situação repete-se, com a segunda passagem por Saint-Clément – Freissinières (20,48 km) a ser anulada, mantendo-se a dupla passagem pela classificativa de Le Bréole – Selonnet (18,31 km).
Por fim, no domingo, a denominada “etapa do Turini” levará os “sobreviventes” a passarem duas vezes pelas especiais de Puget-Théniers (12,93 km) e Briançonnet – Entrevaux (14,31 km), com a segunda passagem pela última a funcionar como “Power Stage”.
VENCEDORES DO “MUNDIAL”
Sébastien Loeb (pilotos), Daniel Elena (navegadores) e Citroën (marcas) estão no topo da lista de vencedores das 602 provas efectuadas que contaram para o Campeonato do Mundo de Ralis, ao longo dos seus 48 anos de existência. No momento em que arranca o 49.º WRC registem-se o número de vitórias de pilotos, navegadores e marcas.
PILOTOS
79 – Sébastien Loeb
49 – Sébastien Ogier
30 – Marcus Gronholm
26 – Carlos Sainz
25 – Colin McRae
24 – Tommi Makinen,
23 – Juha Kankkunen
20 – Didier Auriol
19 – Markku Alen
18 – Jari-Matti Latvala, Hannu Mikkola
17 – Miki Biasion,
16 – Bjorn Waldegaard
15 – Mikko Hirvonen
14 – Walter Rohrl
13 – Thierry Neuville, Petter Solberg, Ott Tanak
11 – Stig Blomqvist, Timo Salonen
10 – Richard Burns, Ari Vatanen
7 – Bernard Darniche, Sandro Munari, Gilles Panizzi
6 – Kenneth Eriksson
5 – Markko Martin, Kris Meeke, Shekhar Mehta, Jean Pierre Nicolas, Jean-Luc Therier
4 – François Delecour, Timo Makinen. Michele Mouton
3 – Jean Claude Andruet, Elfyn Evans, Andreas Mikkelsen, Jean Ragnotti, Dani Sordo, Henri Toivonen
2 – Philippe Bulgaski, Ingvar Carlsson, Mkael Ericsson, Mats Jonsson, Bruno Saby, Kenjiro Shinozuka, Joginder Singh, Achim Warmbold
1 – Andrea Aghini, Pentti Airikkala, Alain Ambrosino, Ove Andersson, Fulvio Bacchelli, Bernard Beguin, Walter Boyce, Roger Clark, Gianfranco Cunico, Ian Duncan, François Duval, Per Eklund, Tony Fassina. Guy Frequelin, Josef Haider, Kyosti Hamalainen, Harry Kallstom, Anders Kullang, Esapekka Lappi Piero Liatti, Joaquim Moutinho, Alain Oreille, Mads Ostberg, Hayden Paddon Raffaelle Pinto, Jesus Puras, Jorge Recalde, Harri Rovampera, Armin Schwarz, Patrick Tauziac, Franz Wittmann
NAVEGADORES
79 – Daniel Elena
49 – Julien Ingrassia
30 – Timo Rautiainen
24 – Luís Moya
20 – Seppo Harjanne, Ilka Kivimaki
18 – Arne Hertz
16 – Mikka Antilla, Bernard Occelli, Tiziano Siviero
14 – Jarmo Lehtinen, Juha Piironen
13 – Christian Geistdorfer, Nicolas Gilsoul, Martin Jarveoja, Risto Mannisenmaki, Phil Mills, Hans Thorszelius
10 – Bjorn Cederberg, Robert Reid
8 – Derek Ringer
7 – Alain Mahe, Herve Pannizzi
6 – Terry Harryman
5 – Fred Gallagher, Denis Giraudet, Michael Park, Stafan Parmander, Fabrizia Pons
4 – Mike Doughty, Daniel Grataloup, Henry Liddon, Silvio Maiga, Paul Nagle, David Richards, Jean Todt
3 – Carlos Del Barrio, Christian Delferrier, Mario Mannucci, Marc Marti
2 – Jean-Marc Andrie, Lars Backman, Claes Billstam, Per Carlsson, Jean-Paul Chiaroni, David Doig, «Biche», Jean-François Fauchille, Michel Gamet, Anders Jaeger, Jacques Jaubert, Scott Martin, John Meadows, Juha Repo, Michel Vial
1 – Atso Aho, Claes-Goran Andersson, Jonas Andersson, Daniel Barritt, Jochen Berger, Bruno Berglund, Arnaldo Bernacchini, Carlo Cassina, Sergio Cresto, John Davenport, Jorge Del Buono, Peter Diekmann, Lofty Drews, Stefano Evangelisti, Sauro Farnocchia, Janne Ferm, Ola Floene, Edgar Fortes, Fred Hinterleitner, John Kennard, Vincent Laverne, Jean-Claude Lefebvre, Jean-Jacques Lenne, Daniel LeSaux, Kaj Lindstrom, Mauro Mannini, Jaakoo Markkula, Roman McNamee, Claude Papin, Jorg Pattermann, Stuart Pegg, Risto Pietilainen, Francesco Rossetti, Sven Smeets, Hans Sylvan, Gilles Thimonier, Pierre Thimonier, Martti Tukkanen, Paul White, David Williamson, Neil Wilson, Doug Woods
MARCAS
102 – Citroën (C4 WRC, 44; Xsara WRC, 24; DS3 WRC, 26; C3 WRC, 6 ; Xsara Kit Car, 2).
91 – Ford (Focus WRC, 44; Escort RS 1800, 17; Fiesta WRC, 9; Escort RS Cosworth, 8; Fiesta RS WRC, 6; Escort RS 1600, 4; Escort WRC, 2; Sierra RS Cosworth, 1)
73 – Lancia (Stratos, 17; Delta Integrale, 14; Delta Integrale 16V, 13; Delta HF 4WD, 11; Delta HF Integrale, 8; 037 Rally, 6; Delta S4, 4)
60 – Toyota (Yaris WRC, 17; Celica Turbo 4WD, 16; Celica GT4, 14; Celica Twincam, 6; Corolla WRC, 4; Corolla Levin, 2; Celica 2000 GT, 1)
48 – Peugeot (206 WRC, 24; 205 Turbo 16, 9; 205 Turbo 16 E2, 7; 307 WRC, 3; 504 V6 Coupé, 2; Peugeot 504 Ti, 2; Peugeot 504, 1)
47 – Subaru (Impreza 555, 11; Impreza S3 WRC, 8; Impreza S5 WRC, 6; Impreza S10 WRC, 6; Impreza S09 WRC, 4; Impreza S4 WRC, 3; Impreza S6 WRC, 3; Impreza S07 WRC, 3; Impreza S11 WRC, 2; Legacy RS, 1)
44 – Volkswagen (Polo R WRC, 43; Golf GTi 16V, 1)
34 – Mitsubishi (Lancer III, 6 ; Carisma GT, 6 ; Galant VR-4, 6; Lancer VI, 5 ; Lancer V, 4 ; Lancer 6,5, 3 ; Colt Lancer, 1 ; Lancer, 1 ; Lancer II, 1 ; Lancer IV, 1)
24 – Audi (Quattro, 10; Quattro A2, 9 ; Quattro A1, 2 ; Sport Quattro, 2; 200 Quattro, 1)
21 – Fiat (131 Abarth, 18; 124 Abarth, 3)
17 – Hyundai (i20 Coupé WRC, 10; i20 WRC, 7)
7 – Datsun (160 J, 3; Violet GT, 2; 240 Z, 1; Violet 160 J, 1)
6 – Alpine-Renault (A110, 6); Opel (Ascona 400, 4; Ascona 1900 SR, 1; Kadett GSi, 1); Renault (5 Turbo, 3; 17 Gordini, 1; Maxi 5 Turbo, 1; 5 GT Turbo, 1)
4 – Saab (96 V4, 2; 99 EMS, 1; 99 Turbo, 1)
3 – Mazda (323 4WD, 3)
2 – BMW (2002 Tii, 1; M3, 1); Mercedes-Benz (500 SLC, 2); Nisssan (200 SX, 1 ; Violet GT, 1) ; Porsche (911 Carrera, 1; 911 SC, 1); Talbot (Sunbeam Lotus, 2)
VENCEDORES DO RALI DE MONTE CARLO
Criado em 1911, o Rali de Monte Carlo viu a sua realização interrompida pelas duas Guerras Mundiais e desde 1 949, apenas não teve lugar em 1 971, ano da crise do petróleo.
Os franceses Sébastien Loeb e Sébastien Ogier são aqueles que mais vezes (7) venceram a prova monegasca, à frente do alemão Walter Rohrl (4) e do italiano Sandro Munari e do finlandês Tommi Makinen, ambos com três triunfos. Em caso de vitória, Sébastien Ogier torna-se no piloto com mais triunfos no Rali de Monte Carlo.
No que diz respeito aos navegadores, a situação é idêntica com Daniel Elena e Julien Ingrassia, navegadores de Loeb e Ogier, respectivamente, a contabilizarem sete triunfos, à frente do alemão Christian Geistdorfer, sempre com Walter Rohrl, e do francês Bernard Occelli, três com Didier Auriol e um com Patrick Bernardini, que subiram quatro vezes ao lugar mais alto do pódio. Em relação às marcas superioridade da Lancia (12 vitórias), à frente de Citroën (10) e da Ford (9).
ANO | EQUIPA | CARRO |
1911 | Henri Rougier | Turcat-Méry 25 HP |
1912 | Julius Beutler | Berliet 16 HP |
1924 | Jacques-Edouard Ledure | Bignan |
1925 | François Repusseau | Renault |
1926 | Victor Bruce | AC Six |
1927 | Marcel Lefebvre-Despeaux | Amilcar |
1928 | Jacques Bignan | Fiat 509 |
1929 | Sprenger Van Eijk | Graham-Paige |
1930 | Hector Petit | Corre La Licorne Torpedo |
1931 | Donald Healey | Invicta Type S |
1932 | Maurice Vasselle | Hotchkiss AM2 |
1933 | Maurice Vasselle | Hotchkiss AM 80S |
1934 | Louis Gas/Jean Trevoux | Hotchkiss AM 80S |
1935 | Charles Lahaye/René Quatresous | Renault Nervasport |
1936 | Ion Zamfirescu/Petre Cristea | Ford V8 Spéciale |
1937 | René Le Begue/Julio Quinlin | Delahaye 135 MS Spéciale |
1938 | Gerard Bakker Schut/Karel Ton | Ford V8 Coupé |
1939 | Jean Trevoux/Marcel Le Surque | Hotchkiss 686 GS Riviera |
1939 | Joseph Paul/Marcel Contet | Delahaye 135 M |
1949 | Jean Trevoux/Marcel Le Surque | Hotchkiss 686 GS |
1950 | Marcel Becquart/Henri Secret | Hotchkiss 686 GS |
1951 | Jean Trevoux/Roger Crovetto | Delahaye 175 S |
1952 | Sydney Allard/Guy Warburton | Allard P1 Sport |
1953 | Maurice Gatsonides/Peter Worledge | Ford Zephir |
1954 | Louis Chiron/Ciro Basadona | Lancia Aurelia GT 2500 |
1955 | Per Malling/Gunnar Fadum | Sunbeam-Talbot MK III |
1956 | Ronnie Adams/Frank Bigger | Jaguar MK VII |
1958 | Jacques Feret/Guy Monraisse | Renault Dauphine Spéciale |
1959 | Paul Coltelloni/Pierre Alexandre | Citroen ID 19 |
1960 | Walter Schock/Rolf Moll | Mercedes-Benz 220 SE |
1961 | Maurice Martin/Roger Bateau | Panhard PL 17 Tigre |
1962 | Erik Carlsson/Gunnar Haggbom | Saab 96 |
1963 | Erik Carlsson/Gunnar Palm | Saab 96 |
1964 | Paddy Hopkirk/Henry Liddon | Morris Mini Cooper S |
1965 | Timo Makinen/Paul Easter | BMC Mini Cooper S |
1966 | Pauli Toivonen/Ensio Mikander | Citroen DS 21 |
1967 | Rauno Aaltonen/Henry Liddon | BMC Mini Cooper S |
1968 | Vic Elford/David Stone | Porsche 911 T |
1969 | Bjorn Waldegaard/Lars Helmer | Porsche 911 S |
1970 | Bjorn Waldegaard/Lars Helmer | Porsche 911 S |
1971 | Ove Andersson/David Stone | Alpine-Renault A110 |
1972 | Sandro Munari/Mario Manucci | Lancia Fulvia HF Coupé |
1973 | Jean-Claude Andruet/”Biche” | Alpine-Renault A110 |
1975 | Sandro Munari/Mario Manucci | Lancia Stratos HF |
1976 | Sandro Munari/Silvio Maiga | Lancia Stratos HF |
1977 | Sandro Munari/Silvio Maiga | Lancia Stratos HF |
1978 | Jean-Pierre Nicolas/Vincent Laverne | Porsche 911 Carrera |
1979 | Bernard Darniche/Alain Mahé | Lancia Stratos HF |
1980 | Walter Rohrl/Christian Geistdorfer | Fiat 131 Abarth |
1981 | Jean Ragnotti/Jean-Marc André | Renault 5 Turbo |
1982 | Walter Rohrl/Christian Geistdorfer | Opel Ascona 400 |
1983 | Walter Rohrl/Christian Geistdorfer | Lancia Rally 037 |
1984 | Walter Rohrl/Christian Geistdorfer | Audi Sport Quattro A2 |
1985 | Walter Rohrl/Terry Harriman | Peugeot 205 Turbo 16 |
1986 | Henri Toivonen/Sergio Cresto | Lancia Delta S4 |
1987 | Massimo Biasion/Tiziano Siviero | Lancia Delta HF 4WD |
1988 | Bruno Saby/Jean-François Fauchille | Lancia Delta HF 4WD |
1989 | Massimo Biasion/Tiziano Siviero | Lancia Delta Integrale |
1990 | Didier Auriol/Bernard Occelli | Lancia Delta HF Integrale |
1991 | Carlos Sainz/Luis Moya | Toyota Celica GT4 |
1992 | Didier Auriol/Bernard Occelli | Lancia Delta HF Integrale |
1993 | Didier Auriol/Bernard Occelli | Toyota Celica Turbo 4WD |
1994 | François Delecour/Daniel Grataloup | Ford Escort RS Cosworth |
1995 | Carlos Sainz/Luis Moya | Subaru Impreza GT |
1996 | Patrick Bernardini/Bernard Occelli | Ford Escort RS Cosworth |
1997 | Piero Liatti/Fabrizia Pons | Subaru Impreza S5 WRC 97 |
1998 | Carlos Sainz/Luis Moya | Toyota Corolla WRC |
1999 | Tommi Makinen/Risto Mannisenmaki | Mitsubishi Lancer VI |
2000 | Tommi Makinen/Risto Mannisenmaki | Mitsubishi Lancer VI |
2001 | Tommi Makinen/Risto Mannisenmaki | Mitsubishi Lancer 6,5 |
2002 | Tommi Makinen/Kaj Lindstrom | Subaru Impreza S7 WRC 01 |
2003 | Sébastien Loeb/Daniel Elena | Citroen Xsara WRC |
2004 | Sébastien Loeb/Daniel Elena | Citroen Xsara WRC |
2005 | Sébastien Loeb/Daniel Elena | Citroen Xsara WRC |
2006 | Marcus Gronholm/Timo Rautiainen | Ford Focus RS WRC 06 |
2007 | Sébastien Loeb/Daniel Elena | Citroen C4 WRC |
2008 | Sébastien Loeb/Daniel Elena | Citroen C4 WRC |
2009 | Sébastien Ogier/Julien Ingrassia | Peugeot 207 S2000 |
2010 | Mikko Hirvonen/Jarmo Lehtinen | Ford Fiesta S2000 |
2011 | Bryan Bouffier/Xavier Panseri | Peugeot 207 S2000 |
2012 | Sébastien Loeb/Daniel Elena | Citroen DS3 WRC |
2013 | Sébastien Loeb/Daniel Elena | Citroen DS3 WRC |
2014 | Sébastien Ogier/Julien Ingrassia | VW Polo R WRC |
2015 | Sébastien Ogier/Julien Ingrassia | VW Polo R WRC |
2016 | Sébastien Ogier/Julien Ingrassia | VW Polo R WRC |
2017 | Sébastien Ogier/Julien Ingrassia | Ford Fiesta WRC |
2018 | Sébastien Ogier/Julien Ingrassia | Ford Fiesta WRC |
2019 | Sébastien Ogier/Julien Ingrassia | Citroen C3 WRC |
2020 | Thierry Neuville/Nicolas Gilsoul | Hyundai i20 Coupé WRC |