TODO TERRENO

Maria Luís Gameiro mantém foco em Marrocos

Maria Luís Gameiro continua a demonstrar a sua excelente forma, embora esta quarta-feira as coisas tenham corrido pior à piloto lusa que perdeu algum tempo na sequência de um acidente a meio desta quinta etapa do Morocco Desert Challenge.

carlos.sousa@autolook.pt

A piloto do Team Motivo JCB continua a progredir e o 12.º tempo na etapa acaba por traduzir algo de positivo face ao percalço sofrido. A tirada desta quarta-feira da dura prova foi a segunda mais longa. De Smara a Assa, Maria Luís Gameiro e Rosa Romero percorreram 375 km de uma etapa mais uma vez diversificada, com desafios distintos.

O Morocco Desert Challenge tem servido etapas onde é necessário aliar perícia nas zonas técnicas, coragem nas zonas mais rápidas, sempre com a navegação a ter um papel crucial para o resultado.

Com uma posição um pouco mais favorável na estrada, Maria Luís só não conseguiu melhor devido ao acidente que protagonizou, mas que nem a sim a retirou do “top 10” da geral. Em fase de conhecimento mútuo e do trabalho de equipa com a sua navegadora, a dupla do Mini JCW T1+ do Team Motivo JCB tem agora quase 30 minutos de vantagem para o décimo classificado, estando a pouco menos de 5 minutos do oitavo posto. A porta está aberta para uma subida na classificação, apesar de Maria Luís Gameiro estar ciente que há ainda muito pela frente.

«Quinta etapa concluída. Depois das dificuldades de terça-feira, conseguimos ter um ritmo mais forte esta quarta-feira. Contudo não consegui evitar um acidente que me fez perder muito tempo, mas que felizmente acabou por não ter consequências de maior no carro. Continuámos em prova e isso é o mais importante», sustentou a piloti lusitana.

«A partir de agora, as etapas vão gradualmente diminuído de extensão e, por isso, dão menos oportunidades de ganhar tempo. Todavia, como se viu hoje, tudo pode acontecer e sabemos que podemos ser surpreendidas num ápice. Mas tanto eu como a Rosa estamos focadas em manter o nível e tentar sempre o melhor possível», acrescentou Maria Luís Gameiro.

«No geral, a prova tem-nos corrido muito bem e temos de aproveitar para conseguir terminar e fazer mais e mais quilómetros. Essa é a nossa verdadeira meta. A equipa tem feito também um trabalho estupendo e Mini está muito competitivo e confortável de pilotar», concluiu a piloto portuguesa.

A etapa 6, que ligará Assa a Foum Zguid, começa com uma ligação de 187 km, evitando caminhos difíceis e postos de controlo militares. Esta etapa está dividida em duas partes: a primeira apresenta um terreno acidentado com leitos de rios erodidos, percursos rochosos e buracos profundos, exigindo uma concentração máxima.

A partir do km 60, o terreno torna-se mais rápido, com cascalho e areia dura, embora continue a ser traiçoeiro, com lombas escondidas. A parte 2 é mais agradável, com uma secção de dunas de 20 km que oferece areia macia. Embora não sejam muito técnicas, as dunas exigem uma trajetória suave. A etapa termina com 20 km em “La Piste des Camps”, uma pista rápida, mas exigente, com sulcos profundos.

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