Loeb e Ogier marcam presença no Quénia
Sébastien Ogier defende triunfo o ano passado no Rally Safari Quénia, numa prova em que defronta o compatriota Sébastien Loeb em solo africano pela primeira vez. Dois “monstros sagrados” do WRC no “inferno” Safari repleto de vida selvagem exótica…
PEDRO RORIZ E CARLOS SOUSA (auto.look2010@gmail.com)

A exemplo do que sucedeu em Portugal, onde não foram felizes, os franceses Sébastien Loeb (Ford Puma Rally1) e Sébastien Ogier (Toyota GR Yaris Rally1) estão de regresso à estrada e a sua experiência pode ser determinante para a obtenção de um bom resultado.
O facto de abrir a estrada e de ser a segunda vez que está presente na prova podem ser condicionantes para o finlandês Kalle Rovampera (Toyota GR Yaris Rally1) que, com os 55 pontos de vantagem sobre o belga Thierry Neuville (Hyundai i20 N Rally1), pode fazer uma prova cautelosa, não entrando de forma aberta na discussão da vitória, mas podendo colher os efeitos dos estragos que ela possa provocar na concorrência.

Vencedor na Sardenha, o estónio Ott Tanak (Hyundai i20 N Rally1), que parece ter, finalmente, o carro ao seu gosto, é outro sério candidato ao triunfo, como o é o inglês Elfyn Evans (Toyota GR Yaris Rally1), que tem tido uma temporada longe daquilo que era esperado, para quem era apontado como sério candidato ao título, face à ausência, a tempo inteiro, de Sébastien Ogier.
Ao contrário do que é habitual, a Ford apresenta cinco carros, com Sébastien Loeb e o grego Jourdan Serderidis a reforçarem a equipa da marca da oval, mas só o francês fará jogo igual com a concorrência, como demonstrou em Monte Carlo, onde venceu, e em Portugal, onde desistiu, quando acabava de chegar ao comando.

É que se o Puma é um carro que parece bem nascido, as “peças” atrás do volante é que não têm sabido tirar partido do seu potencial, já que para além da vitória de Sébastien Loeb, em Monte Carlo, só o irlandês Craig Breen (Ford Puma Rally1) conseguiu, com o terceiro lugar em Monte Carlo e o segundo na Sardenha, colocar um carro da marca no pódio, nas cinco provas efectuadas.
Contudo a dureza da prova não afasta a possibilidade de haver uma surpresa. A actual regulamentação alterou aquilo que era o “Safari”, uma das provas míticas do “Mundial” de Ralis, cuja dureza era indescritível por os pilotos serem obrigados, no tempo em que não havia provas de classificação, a percorrerem longos das distâncias entre controlos horários a médias muito elevadas e quase sempre impossíveis de cumprir.

Agora, os concorrentes vão ter pela presença 19 especiais, que não chegam a somar 400 km, embora passe a ser com mais quilómetros contra-o-relógio, quando no passado a extensão competitiva chegasse a ser bem maior.
A prova centrada em Naivasha, em vez da capital Nairobi, como sucedia no passado, arranca esta quinta-feira, com a super-especial de Kasarani (4,84 km), que servirá de apresentação das 33 equipas participantes.
A partir daí serão duplas passagens por três especiais em cada dia, com Loldia (19,17 km), Geothermal (11,68 km) e Kedong (31,25), a mais extensa, na sexta-feira, Soysambu (29,32 km), Elmenteita (15,08 km) e Sleeping Warrior (31,04 km), no sábado, e Oserian (17,52 km), Narasha (13,30 km) e Hell’s Gate (10,53 km), no domingo, com a segunda passagem pela última a funcionar como “Power Stage”.
Classificações dos Campeonatos
PILOTOS – 1.º Kalle Rovampera, 120 pontos; 2.º, Thierry Neuville, 65; 3.º, Ott Tanak, 62; 4.º, Craig Breen, 52; 5.º, Takamoto Katsuta, 47; 6.º, Elfyn Evans, 39; 7.º, Dani Sordo, 34; 8.º, Sébastien Loeb, 27; 9.º, Gus Greensmith, 26; 10.º, Sébastien Ogier, 19; 11.º, Pierre-Louis Loubet, 18; 12.º, Esapekka Lappi, 17; 13.º, Andreas Mikkelsen,12; 14.º, Oliver Solberg, 8; 15.º, Yohan Rossel, 7; 16.º, Nikolay Gryazin, 6; 17.º, Ole Christian Veiby, 4; 17.º, Kajetan Kajetanowicz, 4; 19.º, Jari Huttunen, 3; 19.º, Emil Lindholm, 3; 21.º, Erik Cais, 2; 21.º, Adrien Fourmaux, 2; 21.º, Jan Solans, 2; 24.º, Egon Kaur, 1
NAVEGADORES – 1.º Jonne Halttunen, 120 pontos; 2.º, Martijn Wydaeghe, 65; 3.º, Martin Jarveoja, 62; 4.º, Paul Nagle, 52; 5.º, Aaron Johnston, 47; 6.º, Scott Martin, 39; 7.º, Cândido Carrera, 34; 8.º, Isabelle Galmiche, 27; 9.º, Jonas Andersson, 26; 10.º, Benjamin Veillas, 19; 11.º, Vncent Landais, 18; 12.º, Janne Ferm, 17; 13.º, Torstein Eriksen,12; 14.º, Elliott Edmondson, 8; 15.º, Valentin Sarreaud, 7; 16.º, Konstantin Aleksandrov, 6; 17.º, Stig Rune Skajermoen, 4; 17.º, Maciej Szczepaniak, 4; 19.º, Reeta Hamalainen, 3; 20.º, Mikko Lukka, 3; 21.º, Petr Tesinsky, 2; 21.º, Alexandre Coria, 2; 21.º, Rodrigo Sanjuan 2; 24.º, Silver Simm, 1
MARCAS – 1.º, Toyota Gazoo Racing World Rally Team, 200 pontos; 2.º, Hyundai Shell Mobis World Rally Team, 161; 3.º, M-Sport Ford World Rally Team, 120; 4.º, Toyota Gazoo Racing World Rally Team NG, 53.