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André Cabeças distinto no “Centro” de Ralis

 

Piloto de Cascais, navegado por Miguel Castro, esteve quase irrepreensível na prova do Clube Automóvel de Viseu, não só pelo segundo lugar alcançado, mas porque saiu de S. Pedro do Sul reforçado na condição de líder relativamente ao Campeonato Centro de Ralis.

carlos.sousa@autolook.pt

O Rali Cidade Termal, disputado em S. Pedro do Sul, foi disputado ao mais alto nível, onde não faltaram argumentos para “prender” o público até ao fim, sobretudo pelo esgrimir de forças de Carlos Matos e André Cabeças.

Ambos proporcionaram uma luta titânica pelo topo da classificação mas, no final, o triunfo ficou na posse de Carlos Matos e Ricardo Faria que, ao volante de um Skoda Fabia R5, souberam “puxar dos galões e não defraudaram o favoritismo que lhes era atribuído, embota tenham ficado separados por escassos 7,9 segundos.

André Cabeças e o navegador Miguel Castro estiveram endiabrados no Rali Cidade Termal, não só pelo segundo lugar alcançado, mas porque saíram de S. Pedro do Sul reforçados na condição de líderes relativamente ao Campeonato Centro de Ralis.

Tratou-se de uma missão quase perfeita, uma vez que o objetivo do piloto de Cascais na prova organizada pelo Clube Automóvel de Viseu e promovida pela Promolafões, passava pelo triunfo à geral. Aos comandos de um Ford Fiesta R5, André Cabeças, no entanto, reconhece que «o Carlos (Matos), a participar na competição, é uma gigante mais-valia».

«Tal como em Vagos, não interessa ter concorrência, se é do Campeonato do Centro ou se é da “casa”, ou não. O Carlos anda muito bem e, em S. Pedro do Sul, anda a um nível muito elevado, o que também nos proporcionou a fazê-lo. De rali para rali temos vindo a puxar cada vez mais pelo Ford Fiesta R5 e, de forma espetacular, a viatura corresponde cabalmente, o que nos deixa particularmente felizes», sustentou André Cabeças,

O simpático piloto de Cascais referiu, no entanto, que «foi pena no primeiro dia termos apanhado chuva numa das passagens e, com isso, perdermos 12 segundos, os quais acabaram por fizer falta, não invalidando, todavia, o total mérito que o Carlos (Matos) e o Ricardo (Faria) tenham ganho o rali à geral».

Confrontado se a perda de 12 segundos numa altura em que choveu e deixou o asfalto molhado, André Cabeças foi perentório na resposta: «Perdemos o rali porque, no acumular dos troços, fui o mais lento que o Carlos».

«No segundo dia entrámos com tudo, inclusive ganhámos cerca de 10 segundos num troço de 13 quilómetros, ou seja, evidenciámos o nosso ritmo, mas não conseguimos passar para a frente. A morfologia do segundo troço adaptava-se melhor ao carro Skoda Fabia R5 do Carlos, que tem muito mais binário em baixa, e o meu carro precisa de muito mais estrada para andar e, em troços mais enrolados, terei sempre mais dificuldade», ajuizou o líder do Campeonato Centro de Ralis.

Apesar do segundo lugar, André Cabeças saiu de S. Pedro do Sul com a liderança reforçada no Campeonato Centro de Ralis, uma vez que Carlos Matos não “rouba” pontos a ninguém porque não pontua: «Dois ralis e outras tantas vitórias, naturalmente que muito dificilmente poderia correr melhor», disse o piloto.

Relativamente ao próximo compromisso, André Cabeças sublinhou que vai ser «pai do quarto filho e, a minha agenda, vai-se reger pelo nascimento do bebé, tentando, a partir daí, encaixar o maior número de ralis que possa conseguir, porque ter quatro crianças e uma empresa para gerir não é tarefa fácil».

«As provas promovidas pela Promolafões deverão ser as que irei estar presente, até porque são espaçadas no tempo e, como não poderia deixar de ser, não enjeitarei uma prova disputada em piso de terra para gozo pessoal», concluiu André Cabeças.

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