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500 Milhas ACP: vitórias discutidas ao segundo

Apesar do intenso calor – nalgumas regiões registaram-se temperaturas superiores aos 40 graus – 50 dos 60 automóveis clássicos que aceitaram o desafio de percorrer os cerca de 700 quilómetros da icónica Estrada Nacional 2, entre Olhão e Vila Real, chegaram ao controlo final.

Texto: ATELlERE DO CARACTERE – Fotos: JOÃO DA FRANCA

A edição dos 20 anos das 500 Milhas ACP ficou marcada por uma extrema competitividade, com as vitórias nas diferentes categorias a serem discutidas ao segundo até aos últimos quilómetros. Depois de duas décadas a percorrer Portugal de uma ponta à outra, as 500 Milhas ACP reforçam-se como um dos mais emblemáticos e maiores ralis de regularidade da Península Ibérica.

A aposta na valorização da história automóvel e na promoção do território português continua a dar frutos e o entusiasmo com que a 20.ª edição foi vivida já faz antever uma próxima ainda mais memorável. Apesar da dureza do percurso e das temperaturas elevadas registadas ao longo do trajeto, o número de desistências foi residual, confirmando a fiabilidade das máquinas e a excelente preparação das equipas.

No plano desportivo, as vitórias nas três categorias foram discutidas ao segundo e com várias alternâncias na liderança ao longo do percurso. Aos comandos de um magnífico Jaguar Mark II de 1960, a dupla formada por Frederico Valsassina e Vasco Mendes assegurou o triunfo na Categoria E, reservada a automóveis produzidos entre 1951 e 1960.

A cerca de meio minuto, nos restantes lugares do pódio, terminaram as equipas Álvaro Serrão e Berta Rocha (MG A (1959) e Manuel Franco de Sousa e Eduardo Franco de Sousa em carro idêntico.

Depois de 700 quilómetros e cerca de 16 horas ao volante, a vitória na Categoria F (automóveis produzidos entre os anos 61 e 70) foi decidida por uns incríveis oito décimos de segundo.

Triunfo da dupla Rodolfo Serrano e Andreia Serrano num Volkswagen Buggy (1968), precedendo José Manuel Matos e Rui Martins num Volvo 144 S (1968) e David Pereira Coutinho e David Velez num Morris Mini Cooper S (1967), que ficou a escassos 6,9 segundos do líder o que traduz na perfeição a competitividade existente.

Na Categoria G (carros entre 1971 e 1980), a equipa Luís Miguel Garcia e João Serôdio, num Ford Granada 2300 Coupé de 1973 levou de vencida Gonçalo Ribeiro Pinto e António Leal Machado (BMW 3.0 CSI de 1973) por apenas 3,5 segundos, enquanto Bruno Camões e Vasconcelos/António Caldeira num Porsche 911 (1974) asseguraram o derradeiro lugar do pódio.

A edição de 2025 das 500 Milhas ACP ficou ainda marcada pela formalização de um protocolo entre o ACP Clássicos e a Associação de Municípios da EN2, reforçando o papel do evento na promoção do património rodoviário, cultural e turístico das regiões atravessadas.

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